A Igreja Católica celebra de modo especial, no dia 16 de julho, Nossa Senhora do Carmo – título da Virgem Maria com origem no século XIII. Naquele tempo, no monte Carmelo, Palestina, começou a formar-se um grupo de eremitas. Esse grupo, querendo imitar o exemplo do profeta Elias, reuniu-se ao redor de uma fonte chamada “fonte de Elias”. Iniciaram um modo de viver que, mais tarde, serviria de inspiração para outros grupos em diferentes partes do mundo. Esses eremitas construíram também uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora que, mais tarde, em razão do lugar onde foi edificada, seria chamada de “Nossa Senhora do Carmo” ou “Nossa Senhora do Carmelo”.

Os eremitas, chamados carmelitas, migraram para a Europa, para continuar a própria vida religiosa. O título de Nossa Senhora do Carmo está unido ao “símbolo do escapulário”, que acompanha os religiosos. A presença de Maria, com o nome de Nossa Senhora do Carmo, tornou-se devoção em toda a Europa e, depois, chegou à América Latina. É difícil encontrar uma diocese latino-americana que não tenha, pelo menos, uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Carmo. Não somente igrejas matrizes ou catedrais dedicadas a Maria, sob o título de Nossa Senhora do Carmo, mas também vilas, capelas e oratórios.

São João Paulo II, em carta dirigida aos Superiores Gerais do Carmelo da Antiga Observância e do Carmelo Descalço, sublinha que a devoção a Nossa Senhora do Carmo saiu dos âmbitos restritos dos conventos para se tornar propriedade do povo e de toda a Igreja. Essa devoção, enraizada no coração do povo, está sendo resgatada, e os devotos de Nossa Senhora do Carmo aumentam cada vez mais.

Fonte: Cônego Pedro Carlos Cipolini